A coruja-buraqueira possui o nome científico de Athene cunicularia. Ela pertence a família Strigidae e em inglês é conhecida como Burrowing Owl. É uma espécie facilmente encontrada em centros urbanos.
Popularmente é chamada de caburé-do-campo, coruja-do-campo, coruja-mineira, corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco, guedé, urucuera, urucureia, urucuriá, coruja-cupinzeira e capotinha.
Distribuição da coruja-buraqueira
Pode ser encontrada do Canadá até à Terra do Fogo, um arquipélago que fica situado na extremidade sul da América do Sul, bem como em todos os estados brasileiros, incluindo a bacia Amazônica.
Possuem o hábito de viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos.
Características físicas da coruja-buraqueira
A coruja-buraqueira é de pequeno porte. Chega a medir cerca de 27 centímetros e a pesar até 214 gramas quando adulta. Ao contrário da maioria das corujas o macho é um pouco maior que a fêmea.
Já as fêmeas são geralmente mais escuras que os machos. Tem uma envergadura entre 53 e 61 centímetros.
A cauda é curta, cabeça ovalada, sobrancelhas brancas, olhos grandes e amarelos, dispostos frontalmente. Isso faz com que elas consigam ver objetos em ambos os olhos ao mesmo tempo, que é a chamada visão binocular.
O bico e os pés são longos e cinzas e as asas marrons com pintas amarelas. Sua visão e audição são fantásticas, seu pescoço é adaptado para facilitar a visualização da caça e gira até 270º.
As corujas adultas possuem cores fortes, variações de marrom-terra, com o peito e a barriga pardos.
Os filhotes de corujas-buraqueiras são parecidos com os adultos, porém são roliças, atrapalhadas e a coloração é clara. Seu peito é totalmente branco, sem as variações marrons, possuindo uma faixa amarela nas asas.
Esta coruja possui alguns indivíduos albinos, ou seja, a ave perde totalmente os pigmentos das penas, tanto da melanina quanto dos carotenoides.
A coruja albina é branca, com bico, olhos e patas bem claros. Devido a falta de pigmentos estes pássaros são mais sensíveis a claridade e portanto sua visão pode ficar prejudicada, dependendo da hora do dia.
Também existem indivíduos que possuem uma despigmentação chamada flavismo ou canela, e significa que a ave apresenta uma coloração desbotada, devido à perda parcial de melanina, tanto do pigmento preto, quanto do pigmento castanho.
Alimentação da coruja-buraqueira
Esta ave de rapina é carnívora e se alimenta de vertebrados e invertebrados. A maior parte da sua dieta consiste de insetos, aves e mamíferos.
Sua preferência alimentar são por roedores e insetos, tais como besouros, grilos, gafanhotos, vespas, abelhas, formigas, cobras, anfíbios, répteis, morcegos, escorpiões e pequenos pássaros como pardais.
Reprodução da coruja-buraqueira
O casal de coruja-buraqueira é monogâmico e a reprodução ocorre no mês de março ou abril. Os ninhos são feitos em cupinzeiros, buracos de tatu e na areia da praia.
Normalmente o casal escava covas de 1,5 metros a 3 metros de profundidade e as forram com capim. Em torno do ninho o casal deixará acumular fezes com o propósito de atrair insetos, aproveitando para se alimentar deles.
Normalmente são postos de 7 a 9 ovos, a incubação é realizada somente pela fêmea de coruja-buraqueira e o período dura de 28 a 30 dias.
O macho tem a responsabilidade de estocar alimentos para garantir o futuro da prole e também de tratar dos pequenos filhote.
Aos 44 dias de vida os filhotes começam a caçar insetos, mas continuarão a ser alimentados pelos pais até completarem 90 dias de idade.
Os pais são agressivos com relação a proteção de seus filhotes. Realizam voos rasantes e vocalizam com um tom forte, afim de assustar o predador, que normalmente são os texugos americanos, gatos, cachorros e os seres humanos.
O maior inimigo da coruja-buraqueira é o homem, visto que, por ser uma ave de rapina, essa espécie quase não tem predadores naturais.
Curiosidades da coruja-buraqueira
É uma ave tímida, por isso, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. Tem hábito diurno e noturno.
Durante a manhã elas são inativas na maior parte do tempo ou tem comportamentos de vigília contra possíveis predadores. Já no período noturno os comportamentos de caça e alimentação são intensos.
As condutas mais realizadas pelo macho, devido ao fato dele permanecer mais fora do ninho são, vigiar, descansar e observar.
A presença da fêmea é mais oculta, devido a sua permanência no interior da toca.
Veja também mais informações sobre a corujinha-do-mato.
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